Cama compartilhada

Um assunto muito polêmico! Há controvérsias entre vários autores. Uns afirmam que é uma prática indesejável para o cuidado infantil, e outros acham vantajoso a criança dormir com os pais até o primeiro ano de idade. Essa prática ocorre muito pelas mães, principalmente nas primeiras semanas para facilitar a amamentação durante a noite. Mas, compartilhar a cama com seu bebê não deve ser implementado e após algum tempo ficará difícil de mudar esse hábito. No início é normal os pais ficarem mais tempo com seu filho, dando mais atenção a ele para que se sinta mais seguro. A Rede Mãe relembra que as camas dos adultos não são feitas para a segurança de um bebê. Portanto, sugerimos que seu bebê não durma na cama junto com vocês, e sim, no seu próprio berço. Nos últimos anos, alguns estudos atentaram para o aumento de mortes de lactentes por sufocamento, resultante das crianças dormirem na mesma cama com os pais, ocorrendo principalmente com menores de 3 meses de vida.

A Comissão de Proteção dos Consumidores dos EUA emitiram um comunicado com objetivo de alertar sobre o risco de sufocação dos bebês quando dormem com seus pais. Essa comissão justificou o alerta através dos resultados de estudos que haviam estabelecido um aumento de morte súbita do bebê. Se os pais optarem por dormir com seu bebê na mesma cama, certifiquem para que ele não fique debaixo dos cobertores ou do travesseiro, podendo cobrir sua cabeça e asfixiá-lo. A UNICEF UK Baby Friendly Initiative alerta para a posição que deve tomar quando seu bebê compartilhar da mesma cama que os pais. É recomendável que o bebé durma no mesmo quarto que a mãe pelo menos até aos 6 meses, já que esta prática influencia positivamente a amamentação. Contudo, a Rede Mãe alerta para o fato de que a decisão de compartilhar ou não a cama, é uma decisão do casal. Trata-se de uma escolha pessoal e o mais importante é que o casal se sinta bem com a sua opção.

Hockenberry, M.; Wilson, D.; Winkelstein, M. - Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7Â ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006 American Academy of Pediatrics. UNICEF. UNICEF UK Baby Friendly Initiative.