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Pediatria Simples

Perda de Fôlego

Você já vivenciou uma situação como esta?

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Dr Fabrício online
Minha filha anda fazendo umas birras, e algumas vezes chora e fica sem respirar.
Ontem durante uma birra ela se jogou para trás e bateu a cabeça. A batida nem foi forte, mas acho que juntou a birra com a batida e ela se assustou e começou a chorar mais ainda. Aí ela parou de respirar e ficou tanto tempo puxando o fôlego e começou a ficar molinha e quase desmaiou!
As crises de 'apneia do choro' são bastante comuns na infância e geralmente são benignas.
Eu não sabia muita muito bem como fazer ela voltar, e principalmente o que eu faria se ela desmaiasse...
Não é necessário nenhum tipo de tratamento específico. As crises costumam ter curta duração e resolução espontânea. Retire objetos que possam machucar de perto da criança e leia as informações abaixo.
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  1. Todas as crianças menores de 4 anos são capazes de fazer "pausas respiratórias". Estas pausas podem durar cerca de 20 segundos.
  2. Estas pausas respiratórias acontecem em momentos de choro e birra (por causa da agitação decorrente da birra). Existem dois tipos de crise: as "cianóticas" (em que a pele da criança fica roxa) e as "a-cianóticas" (quando a criança só fica pálida). A crise cianótica costuma ser desencadeada por uma situação de estresse, uma contrariedade, por exemplo. A criança chora e, de repente, pára de respirar, ficando com a pele e as mucosas roxas. Ela parece ficar inconsciente por alguns segundos e, ao retomar a respiração, chora novamente.
  3. Há crianças que, inconscientemente, "aprendem" que os pais ficam preocupados com as pausas e usam isto para obter o que querem.
  4. Não há DOENÇAS (neurológicas, endocrinológicas ou de qualquer outra natureza) que causem estas "pausas respiratórias".
  5. Enquanto a criança conseguir o que quer com o choro (ir para o colo, pegar o brinquedo que quer, etc....) ele vai repetir este comportamento sempre, perpetuando o ciclo.
  6. O que você pode fazer? Primeiro - e mais importante: NÃO ENTRE EM PÂNICO - NÃO SE TRATA DE UMA DOENÇA. É muito importante que os pais e todos cuidadores entendam que isso não é doença, portanto não há nenhum tratamento e nenhum risco de qualquer tipo de sequela.
  7. Se ele "perder" o fôlego, COM CERTEZA ele vai "achar" o fôlego de novo em alguns instantes.
  8. Não tenha medo do choro da criança. Se a família se assusta e dá muita atenção, a crise tende a se repetir toda vez que a criança é contrariada. Ou, o que é pior, os pais deixam de contrariar o filho, temendo que ele entre em crise - e a criança não aprende a lidar com a própria frustração.
  9. Você não está sendo uma mãe ruim se proceder desta forma. Pelo contrário, você está ensinando seu filho a lidar com a própria frustração.
  10. No momento da crise: Fique ao lado de seu filho, mas não entre em pânico nem tente reanimá-lo. Não adianta assoprar ou molhar o rosto da criança, nem passar álcool em seus pulsos, virá-la de cabeça para baixo ou dar tapas nas costas ou fazer respiração boca-boca. Isso é tudo que eles querem. Estão tentando chamar a atenção e estão conseguindo. Ou seja, irão cada vez fazer com maior frequência. São manobras inúteis. Se ele fizer isso algumas vezes e os pais não derem a atenção que ele deseja, ele irá perceber que é inútil e irá parar sozinho com estas crises.
  11. AINDA: faça o MARIDO e OUROS FAMILIARES (avós, tios, professoras, etc...) participar do problema. Do contrário, eles vão achar que você está negligenciando alguma necessidade da criança. Explique que é apenas um "chilique" e peça que sejam pacientes.